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sábado, 15 de junho de 2013

Sinto a garganta amargar e os olhos arderem e logo me lembro, Ah, a hora de chorar. São as tristezas repentinas sem motivo algum ou com todos os motivos do mundo. Sofro pela África e pelo dedinho do pé que bati essa manhã na mesinha. Choro pelo meu primeiro amor e pela minha cachorrinha que perdeu os filhotes. Me sinto triste por não amar todas as pessoas e também choro por ser tão indelicada com a vida. Choro por não conseguir ter paciência e por achar todas as pessoas do mundo idiotas e choro também por não conseguir ser idiota como elas e viver como elas. Choro sem porque e com todos os porquês. Minhas lágrimas se revezam com as borboletas que insistem em viver no meu estômago. Já me apeguei aos dois, fazem parte de mim e quando não estou triste há muito tempo, vivo com medo da tristeza vir e eu não estar preparada. Estou sempre preparada pra dor no avião, nas músicas românticas e nas felizes também. Minha tristeza está sempre por ali estampada em cada cantinho dos meus dias. Dias esses, que vivo um atrás do outro na esperança de que minha tristeza se acabe ou chegue de uma vez.

Viver pra sempre esperando a tristeza é tão cruel quanto terminar um relacionamento longo todos os dias.